sábado, abril 30, 2005

Pontos quentes da mídia interativa este ano

Para publicitários: ao planejar ações de mídia na internet, não deixe de considerar a fragmentação, as oportunidades em blogs e buscadores e também rich media não invasivo.

Alguns palpites do que devem ser os temas mais quentes da mídia interativa em 2005.

Rich Media. Sem dúvida um dos destaques de 2004 com o aumento dos usuários com conexão mais veloz (banda larga). Cada vez mais anunciantes descobrem os benefícios das campanhas com som, imagem e animação. Claro, tem site que abusa e você não consegue nem navegar pelo conteúdo direito, mas quando bem utilizadas, as campanhas de rich media trazem resultados sensacionais.

O destaque em 2005 deve ficar com o aumento das campanhas utilizando comerciais de TV em peças online, pois são diversas as novas tecnologias que permitem essa migração com qualidade, o que vem atraindo anunciantes que até então não haviam experimentado a mídia online.

Busca. Os pequenos e médios anunciantes já descobriram os benefícios desse tipo de campanha, assim como os varejistas online, através dos links patrocinados. Esse ano deve marcar a entrada dos grandes anunciantes na arena.

Com isso, o preço das palavras-chave deve continuar subindo. Surgirão mais dúvidas sobre a ética em relação à compra do nome da concorrência para servir seus anúncios. Serão necessárias cada vez mais pesquisas para avaliar o mercado e desempenho das campanhas, inclusive na construção de marcas.

Mas, a meu ver, o grande crescimento deve ser no que chamamos de otimização de busca natural: preparar seu site adequadamente para que ele seja mais facilmente encontrado pelos sites de busca, o que garante um destaque nas páginas de resultado sem ter que comprar palavras-chave.

Blogs. Os diários pessoais são uma febre na web há alguns anos, mas ainda não tinham sido descobertos pelos anunciantes até 2004. Dizem que os blogs tiveram influência no resultado das eleições nos EUA e sem dúvida foram destaque na cobertura e busca por informações de acontecimentos importantes, como o maremoto da Ásia e a guerra no Iraque.

Anunciantes como a Nike já andaram utilizando blogs de grande visitação e formadores de opinião para gerar interesse por seus produtos, como também já existem empresas especializadas nesse tipo de campanhas. Vamos ver como se desenvolve no Brasil.

RSS. Mais uma novidade ligada aos blogs. RSS são aplicativos (softwares) que você instala em sua máquina para coletar notícias de seus sites favoritos. Você seleciona o conteúdo que quer e o programa traz tudo para sua máquina, sem que você precise ficar visitando os sites. É uma alternativa interessante de comunicação, pois as informações são coletadas e entregues diretamente a você, sem passar por filtros anti-spam, que vem gerando enorme dor de cabeça aos adeptos do e-mail marketing no Brasil e exterior.

Alguns sites já estão incluindo links de texto no final do conteúdo que disponibilizam em RSS e os resultados tem sido animadores (no Webinsider os links ficam no menu à esquerda). Um limitador, porém, é o fato de ser necessária a instalação de um programa em seu computador, o que pode diminuir o interesse do usuário médio de internet. Vale a pena ficar de olho.

Desktop Search. Um derivado do item Busca. Os principais sites de busca do mundo estão disponibilizando aplicativos que permitem fazer uma varredura em seu computador atrás de documentos, e-mails etc. A partir daí, surge a possibilidade de distribuir publicidade na página de resultados. Por enquanto ainda é uma incógnita se essa é uma mídia viável, mas imagine se 7 milhões de pessoas instalam uma ferramenta dessas em suas máquinas...

[Webinsider]

sexta-feira, abril 29, 2005

Brasil bate novo recorde de tempo na web

Os internautas residenciais brasileiros navegaram 14 horas e 57 minutos no mês de março, novo recorde de tempo registrado pelo Ibope/NetRatings, 41 minutos a mais do que a marca anterior, de outubro de 2004.

Segundo o balanço divulgado no final da noite de quinta-feira (28/04) pela instituição, o número de usuários ativos permaneceu estável no mês, em 11,03 milhões de pessoas.

O Ibope/NetRatings também divulgou os números do Web Brasil, relatório trimestral que combina dados do painel de usuários domiciliares com um levantamento de campo representativo dos internautas brasileiros em geral.

O estudo comprova que os grandes destaques são os sites de comunidades e e-mails, que já respondem por mais de 30% do tempo total de uso da internet no País.

No fim de 2004 os sites de comunidades respondiam por 19,5% do tempo total de uso da internet nas residências, e os sites de e-mail por 12,4%, conforme aponta Marcelo Coutinho, diretor-executivo do IBOPE Inteligência.

Também nos últimos três meses do ano passado, os sites financeiros tiveram 6,1% de participação e os sites de notícias ficaram com 3%, próximos de sites de fotografias (3,3%), jogos online (2,9%) e governo (também com 2,9%).

Na classificação por faixa etária, o Ibope apurou que os jovens adultos brasileiros - 18 a 24 anos - tiveram maior participação nos sites de envio de mensagens para celulares (SMS), enquanto os adultos com mais de 25 anos apresentam maior interesse por páginas de empregos e instituições financeiras, como os do Banco ABN-Amro, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Terceira idade na web

O estudo Web Brasil também revela que no último trimestre de 2004, 55% dos usuários residenciais ativos eram maiores de 25 anos.

O tempo médio de utilização da web por parte dos aposentados foi de 29 horas e 45 minutos, elevação de 85% em relação ao primeiro trimestre - que totalizou 16 horas e 1 minuto.

A pesquisa também apresenta dados do uso da internet no local de trabalho, obtidos por meio de entrevistas telefônicas. Cerca de 23,4% dos usuários nos escritórios ficam conectados mais de uma hora por dia com sites de pesquisa, assuntos relacionados ao trabalho e e-mail pessoal.

[Idg now]

segunda-feira, abril 25, 2005

Brasil defende descentralização da web

O Brasil vai defender no próximo mês de junho seu ponto de vista sobre a importância de desvincular o controle dos domínios de internet das mãos do governo norte-americano e a necessidade do compartilhamento de conhecimento sobre questões envolvendo a web.

Isso é o que afirma Sérgio Rosa, diretor do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), ao comentar alguns dos assuntos que o País colocará em pauta durante a conferência preparatória para a Cúpula da Sociedade da Informação, que acontece entre 8 e 10 de junho no Rio de Janeiro.

De acordo com o diretor do Serpro, o assunto será debatido com líderes da América Latina e do Caribe, e deverá congregar sugestões para a segunda edição da Cúpula da Sociedade da Informação, que acontece em novembro deste ano na Tunísia.
O que está em questão, de acordo com Sérgio Rosa, é a maneira com a qual as atividades da Corporação da Internet para Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês), têm sido conduzidas. O órgão, que estabelece as regras para os domínios mundiais, apresenta alto grau de dependência dos Estados Unidos e o ideal seria uma nova política de governança da internet.

"É muito importante desvincular o controle dos domínios da internet das mãos do governo norte-americano. A internet vinculada a um departamento do governo a deixa muito dependente de um país. Queremos a multilateralidade", declara.
O assunto já foi debatido em 2003 durante a primeira fase da Cúpula da Sociedade da Informação, realizada em Genebra. Na ocasião o Brasil, juntamente com a Índia e África do Sul, propôs a criação de um órgão capaz de assegurar uma participação mais uniforme dos países sobre o assunto.

"Existem muitas propostas em estudo. Outros países propõem que os Estados Unidos mantenham o controle mas democratizem as ações; outros sugerem que o controle vá para a UIT [União Internacional das Telecomunicações], enquanto mais uma sugestão é a criação de um órgão semelhante à UIT só que para controlar a internet. São várias as possibilidades, e vamos discuti-las na prévia da Cúpula", diz.
Outra proposta que será discutida, de acordo com o diretor do Serpro, é a distribuição de servidores de domínio pelo mundo, o que resulta no compartilhamento do conhecimento.

"A maioria dos servidores de domínio está nos Estados Unidos. É necessário também distribuir os servidores pelo mundo. O Brasil tem todas as condições técnicas para abrigar esses servidores. Hoje para mandarmos um e-mail para a Argentina, por exemplo, a mensagem passa por Miami para depois seguir para aquele país".
Um terceiro item que também deverá ser debatido é a criação de um fundo de solidariedade digital para aplicar os programas da Cúpula, como informatização dos órgãos de segurança e educação. De acordo com Sérgio Rosa, o Brasil é um dos grandes apoiadores do projeto, ainda que possa não participar como usuário, mas sim como contribuinte.

Nesta segunda-feira (25/04), acontece no Rio de Janeiro o lançamento formal da prévia para a Cúpula. Estarão presentes representantes do governo do Estado e da prefeitura do Rio de Janeiro, além do secretário-executivo do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, chefe da delegação brasileira que representará o país na segunda fase da Cúpula Mundial.

Camila Fusco - IDG Now!

quarta-feira, abril 20, 2005

Rapidinho: a pressa passa. O mal feito fica.

Inúmeras oportunidades de ações online são desperdiçadas por falta de planejamento em todas as pontas. De maneira apressada e leviana, agência e cliente deixam escapar um contato direto com o consumidor.

Quem nunca se deparou com a situação de ter que entregar um produto digital em um prazo insólito, que atire o primeiro mouse. Hotsites para ontem, campanhas para anteontem, sempre com a desculpa de que “online é rápido”. Já ouvi isso de excelentes profissionais do mercado publicitário, só que não muito familiarizados ao meio. E tenho uma novidade para contar: o online não é rápido, nem instantâneo.

A velocidade está nos olhos de quem vê. E o olho mais importante para a ação é o olho do usuário. Para ele, a internet tem que ser efetiva, online, rápida, transmitir segurança e convencê-lo a continuar clicando. Muitas agências e, mais importante, muitos clientes, já se conscientizaram desse fato e trabalham a internet de maneira mais efetiva, realmente como um meio e não como um suporte ou sustentação ou repique de mídia.

Mas o que acontece hoje na grande maioria das vezes é que, se for ganho um espaço, uma peça qualquer deve ser feita às pressas para “cobrir” o buraco. O que, na melhor das hipóteses, pode trazer um resultado abaixo da média e, na pior, gerar montes de consumidores online insatisfeitos.

Fazendo uma analogia, imagine a seguinte situação: colocamos um anúncio em uma revista, do produto XYZ. O leitor vê o anúncio e se interessa pelo produto. Liga para o 0800 no rodapé da página e ninguém o atende do outro lado da linha. Afoito por comprar, ele resolve ir a um ponto de venda, mas ninguém nunca ouviu falar do produto. Cansado, acha na lista telefônica o telefone do fabricante e resolve fazer uma última tentativa, mas ninguém o informa direito. Ele desiste.

Corremos o mesmo risco no online, com muito mais freqüência, por que ainda não é dada a real importância ao meio.

Para o usuário, o que realmente importa é a efetividade do ambiente em que navega: se traz todas as informações de que necessita, se permite que ele tenha um feedback no caso de dúvidas, se permite que ele crie um relacionamento online com a marca.

E no meio online, a probabilidade da marca que responde bem ao usuário se tornar a sua marca de consumo é alta. Porque no ambiente online, as coisas devem funcionar online.

David Ogilvy já dizia há muito tempo que não devemos esperar que um consumidor leia anúncios em série. Isso vale para o online.

A internet para a propaganda é um meio como qualquer outro, TV, rádio, jornal etc. Se pensarmos que no fim das contas o que conta são as vendas, a internet é um meio que permite a baixo custo que se complete um ciclo de vendas. O usuário pode conhecer o produto, obter mais informações, tirar dúvidas, pesquisar preço e finalmente comprar. Tudo isso online.

Por isso, deve obter do cliente o mesmo respeito em termos de planejamento.

E por falar em beleza... É fundamental. Uma boa criação online é fundamental, mas não é tudo. Se o banner não tem um lugar efetivo para apontar, é melhor não existir ou poderá gerar um usuário frustrado. Ao mesmo tempo, se o lugar existir, é bom que o banner motive o usuário a clicar, ou ninguém chegará ao destino.

Aí entra o planejamento. É a hora em que nos colocamos no lugar do usuário e pensamos: “por que eu entraria nessa droga de site?”. Ao colocar uma campanha no ar de um dia para o outro, para cair em um hotsite criado às pressas, dificilmente teremos tempo para pensar nisso. O que seria uma bela ação pode se tornar o pesadelo da agência e do cliente.

É claro que não vou me distanciar da realidade. Não vivemos em um mundo ideal e sempre haverá agências colocando campanhas de última hora no ar, em qualquer meio.

Mas o meio online ainda não é tratado com o respeito que deve – mas estou levantando a bandeira amarela: a última pesquisa do IBOPE aponta que 60% dos usuários de internet do Brasil usam banda larga em casa. Não dá mais para tratar esse público como exceção, ele está em vias de se tornar regra.

Por isso é muito importante que o meio comece a ser levado mais a sério, tanto pelas agencias – algumas insistem em trabalhar como produtoras – quanto pelos anunciantes. É ideal que um objetivo online seja muito bem definido, da mesma maneira que é feito para o advertising na TV ou em impressos, que seja definido um posicionamento, que seja definido como o seu “e-cliente” será posicionado. E se há tempo para planejar isso em tantas mídias, esse tempo deve existir também para a internet.

Pois, apesar de requerer menos verba e ter menos glamour que o advertising, o online é quem vai manter contato direto com o consumidor final. Todo cuidado é pouco nos trabalhos de última hora, por que a pressa passa, mas a m.... fica. [Webinsider - Maira Costa]

Adobe compra Macromedia por US$ 3,4 bilhões

SÃO PAULO - A Adobe anunciou nesta segunda-feira (18) que irá adquirir a concorrente Macromedia por 3,4 bilhões de dólares. O negócio já foi aprovado pelas duas empresas.Com a compra, a Adobe passa a ser dona de uma tecnologia que nunca conseguiu bater: a do Macromedia Flash, formato dominante de animações para web. Outros programas que entram no negócio, todos concorrentes diretos dos softwares da Adobe, são o Dreamweaver, Fireworks e Freehand. A lista ainda inclui a plataforma de aplicativos web ColdFusion e os softwares para criação de conteúdo multimídia Director e Authorware, entre outros.Ainda não foi anunciado quais produtos da Macromedia serão mantidos e quais terão suas tecnologias incorporadas pelos softwares da Adobe. Com a compra, a Corel passa a ser a única concorrente da Adobe com expressividade no mercado.